quarta-feira, 30 de abril de 2008

Se é DROGA, fique fora!

As drogas lícitas são substâncias que podem ser produzidas, comercializadas e consumidas sem algum problema. Apesar de trazerem prejuízos aos órgãos do corpo são liberadas por lei e aceitas pela sociedade. São consideradas drogas lícitas qualquer substância que contenha álcool, nicotina, cafeína, medicamentos sem prescrição médica, anorexígenos, anabolizantes e outros. Numa pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde notou-se quão grande é o mercado das drogas permitidas, pois essas promovem maior necessidade ao usuário e maior custo, já que são encontradas em todos os bairros espalhados pelas cidades. Para ter conhecimento acerca das conseqüências promovidas pelas drogas lícitas pode-se iniciar relatando que, ao depositar qualquer substância no organismo cria-se nesse, necessidades falsas, alterando todo o funcionamento físico e psíquico. Podemos citar: ataque cardíaco, doenças respiratórias, enfisema, câncer, impotência sexual, alterações na memória, perda do autocontrole, gota, rompimento das veias, danos no fígado, rins e estômago, cirrose hepática, úlceras, gastrites, irritabilidade, dor de cabeça, insônia, ansiedade, agitação e outros. As drogas permitidas por lei são as mais consumidas e as que mais resultam em fatalidades diárias, já que através das alterações realizadas no organismo um indivíduo perde o controle e acaba por fazer coisas que no normal não seriam feitas. Além disso, o organismo tende a ficar mais preguiçoso já que as drogas lícitas relaxam o organismo de forma exagerada.
Por Gabriela CabralEquipe Brasil Escola
Drogas - Brasil Escola
Comentário de Humberto :
Com certeza, além de todas as alterações físicas e até psiquicas, "abre portas" para que se procure por maiores sensações de exitação e sensibilidade.
Taí a "porta aberta" para ingressar em drogas ilícitas!!!
DROGA, tanto faz se é lícita ou ilícita, é DROGA!
Escrevo isto com própria experiência.
humbertojunior44@gmail.com

terça-feira, 29 de abril de 2008

Doze Passos, muito importante...

Os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos

Os Doze Passos de A.A. consistem em um grupo de princípios, espirituais em sua natureza que, se praticados como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida e permitir que o sofredor se torne íntegro, feliz e útil. N‹o são teorias abstratas; são baseadas na experiência dos êxitos e fracassos dos primeiros membros de A.A.
OS DOZE PASSOS
PRIMEIRO PASSO:*Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.*
SEGUNDO PASSO:*Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.*
TERCEIRO PASSO:*Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.*
QUARTO PASSO:*Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.*
QUINTO PASSO:*Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.*
SEXTO PASSO:*Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.*
SÉTIMO PASSO:*Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.*
OITAVO PASSO:*Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.*
NONO PASSO:*Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.*
DÉCIMO PASSO:*Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.*
DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:*Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.*
DÉCIMO SEGUNDO PASSO:*Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.*
* OS DOZE PASSOS - Forma Integral: consultar o Livro: "OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES" Disponível na JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de A.A. do Brasil. Avenida Senador Queiroz, 101 2¼ andar cj 205 Caixa Postal 580 CEP 01060-970 S‹o Paulo/SP - Brasil
Fonte : http://www.alcoolicosanonimos.org.br

Alcoolismo e afins.

Alcoolismo e Abuso de Álcool
Dr. Stéfano Gonçalves Jorge
INTRODUÇÃO
Considera-se abuso do álcool quando uma pessoa utiliza, mesmo que não constantemente, álcool em quantidade suficiente para causar problemas de saúde ou de outra espécie, como brigas e acidentes automobilístico. Mesmo sem ser dependente do álcool, uma pessoa que utiliza o álcool sem moderação pode ter complicações tão ou mais sérias que os alcoólatras.
O alcoolismo é uma doença onde há dependência do uso de álcool. O alcoólatra tem grande dificuldade de parar de beber, está sujeito aos mesmos riscos do abuso de álcool mas, como não consegue abandonar a bebida, apresenta muitas vezes uma deterioração na saúde, na família, no trabalho e no círculo de amizades.
NOSSA SOCIEDADE E O ABUSO DO ÁLCOOL
O abuso do álcool e o alcoolismo estão entre os principais problemas da nossa sociedade. O álcool é uma droga como a heroína, a cocaína e o crack. Por que ? Porque vicia, altera o estado mental da pessoa que o utiliza, levando-a a atos insensatos, muitas vezes violentos. Pior, causa mais problemas à família e à sociedade. Infelizmente, faz parte da nossa cultura o seu uso.
Algumas estatísticas sobre o álcool
O alcoolismo acomete de 10% a 12% da população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país
A incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres
A incidência do alcoolismo é maior entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, reduzindo com a idade
A álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) entre estudantes do 1º e 2º graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade. Então por isso proibirão venda de alcool a menores de 16 anos.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria - As outras drogas são consideradas ilegais e sua venda e uso levam a punições severas. Começamos a lutar contra o uso da nicotina, com vetos à propaganda e informações à população, mas o seu uso está crescendo, principalmente entre as mulheres. E o álcool ? Continuamos assistindo a propagandas na televisão, na rua e no rádio, mostrando que vinho e whiskey são adequados a pessoas de fino trato e, pior, que beber cerveja é pré-requisito para um bom convívio social. Algumas dizem claramente que o homem que não bebe cerveja não consegue mulheres.
http://www.propagandasembebida.org.br/
Fora os problemas com violência e direção, o álcool pode provocar diversos malefícios ao organismo. É claro que a dose necessária para isso depende enormemente da pessoa e do teor alcoólico da bebida. Em relação a cirrose, por exemplo, considera-se que um homem deve beber em média 80 gramas de álcool ( 60 g para mulheres ) por semana por 10 a 12 anos. O etanol ainda afeta diversos órgãos, causando doenças do cérebro, nervos, coração, pâncreas, etc.
DIAGNÓSTICO
O alcoolismo é um conceito completamente diferente. É uma doença, um vício, devendo ser tratado como tal. Acredita-se que seja causado principalmente por predisposição genética, segundo achados mais recentes, e em menor parte pelo ambiente (mas as pesquisas e opiniões divergem muito sobre essa questão), não podendo ser considerado de modo algum falha de caráter. Mesmo sendo importante a quantidade do álcool ingerido, essa é uma conseqüência. Para definir uma pessoa como alcoólatra é mais significativo analisar o impacto do álcool na sua vida e se já tentou parar e não conseguiu.
Temos dois questionários mais utilizados para identificar pessoas com abuso de álcool. O primeiro, chamado de CAGE, é mais simples e foi criado por Mayfield e colaboradores, sendo um bom método para identificar pessoas que precisam de ajuda.
Responda:
Você já sentiu necessidade de parar de beber ?

Você já se sentiu chateado por pessoas que criticam seu hábito de beber ?

Você já se sentiu culpado por beber ?

Você já bebeu álcool de manhã para acordar ?
Duas respostas SIM indicam abuso de álcool; apenas um SIM pode ser sinal de abuso.
O Teste de Identificação de Distúrbio de Uso do Álcool (AUDIT), criado por Piccinelli e colaboradores, é atualmente o melhor método para a identificação e estratificação do alcoolismo.

Responda as questões:
1
Com qual freqüência você utiliza bebidas com álcool ?

(0) nunca (1) mensalmente ou menos (2) 2-4 vezes ao mês (3) 2-3 vezes por semana (4) 4 ou mais vezes por semana
2
Quantas bebidas alcoólicas você costuma tomar nesses dias ?

(0) 1 ou 2 (1) 3 ou 4 (2) 5 ou 6 (3) 7 a 9 (4) 10 ou mais
3
Com que freqüência toma mais que 6 drinks em uma única ocasião ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
4
Com que freqüência no último ano você se sentiu incapaz de parar de beber depois que começou ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
5
Com que freqüência no último ano você não conseguiu fazer algo pela bebida ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
6
Com que freqüência no último ano você precisou beber de manhã para se recuperar de uma bebedeira ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
7
Com que freqüência no último ano você sentiu remorso após beber ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
8
Com que freqüência no último ano você não conseguiu se lembrar o que aconteceu na noite anterior pela bebida ?

(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
9
Você já se machucou ou machucou alguém como resultado do seu uso de álcool ?

(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano
10
Algum parente ou amigo ou médico ou outro profissional de saúde se preocupou com seu hábito ou sugeriu que parasse ?

(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano

Some os números em parênteses. Um valor maior que 8 indica problemas com bebida.
TRATAMENTO
Há, atualmente, várias formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O método mais simples, para casos mais leves, é a realização de consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente (incluindo psiquiatra ou psicólogo) com o apoio da família, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Estudos mostram que este é um método eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da freqüência das consultas.
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 5 anos. Outro conceito diferente de grupo de apoio é o de "Consumo Controlado", onde recomenda-se o uso em doses adequadas da bebida. A principal diferença é que no primeiro o alcoólatra tem que reconhecer que é incapaz de controlar a própria vida, no segundo afirma-se que o alcoólatra deve retomar esse controle.
Casos mais sérios devem ser acompanhados por psiquiatra para tratamento psicoterápico e medicamentoso. Muitos alcoólatras apresentam distúrbios psiquiátricos que necessitam de tratamento, e outros sofrem de sintomas de abstinência quando param de beber, conseqüência da dependência física do álcool. Geralmente, não é necessária internação para desintoxicação, pois a eficácia não é maior. No entanto, certos casos devem obrigatoriamente ser internados.
Devem ser internados para desintoxicação:
Aqueles que sofrem sintomas de abstinência moderados a severos;
Aqueles com delirium tremens;
Aqueles que são incapazes de seguir acompanhamento diário;
Aqueles que possuem outra doença física ou psiquiátrica que necessita de internação;
Aqueles incapazes de tomar medicação por via oral;
Aqueles que já tentaram tratamento fora do hospital, sem sucesso.
O tratamento medicamentoso também pode ser útil em associação com a psicoterapia (particularmente a comportamental combinada intensiva). Antes, poucos profissionais utilizavam drogas como o dissulfiram que, misturadas ao álcool (sem o conhecimento do doente) causavam reações severas, com sensação de morte iminente, achando que isso auxiliaria o tratamento. Os resultados são desastrosos, pois a reação pode ser realmente fatal.
A medicação mais utilizada no momento para o tratamento do alcoolismo é a naltrexona (revia®), cujo mecanismo de ação não está bem esclarecido, mas reduz a necessidade de voltar a beber. Recentemente (2006), foi aprovada nos EUA uma apresentação injetável da naltrexona, que seria aplicada apenas mensalmente e com isso poderia aumentar a sua eficácia. O acamprosato é uma medicação mais recente, ainda não lançada no Brasil, mas aparentemente não tem melhor eficácia nem segurança que a naltrexona.
CONCLUSÕES
Concluindo, o álcool é responsável, além de diversas doenças, por grande parte dos atos de violência e dos acidentes dos mais variados, desde trânsito até de trabalho. Apesar das suas conseqüências desastrosas, o ato de beber é considerado parte fundamental do convívio social, dificultando as campanhas (muito aquém do necessário) de conscientização. No extremo do ato de beber, encontramos os alcoólatras, dependentes do álcool que devem contar com o apoio e compreensão da sociedade para sua recuperação, que deve abandonar o preconceito e tratá-los com respeito.

Fonte :http://www.hepcentro.com.br/alcoolismo.htm

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Polícia Federal em Minas Gerais...

http://br.youtube.com/watch?v=7Xvoppzj1mY
O que realmente queremos é a merecida tranquilidade e segurança.
Inibir o tráfico, "faz parte", ajuda a inibir o consumo.
O melhor seria educação e esclarecimento.

Ainda tem quem tenta dificultar debates sobre drogas!!!

07 Abril 2008
Polícia Federal de MG agride estudantes que queriam conversar sobre drogas
Resquícios da ditadura? Nada de novo, para aqueles que se dispõem a construir políticas, numa sociedade em que "fazer política" sempre foi uma prática dificultada para o cidadão comum.

Se a universidade é um local no qual o conhecimento é produzido, podemos dizer das universidades federais, mais do que em todas as outras, que o conhecimento ali produzido deve estar voltado às questões mais urgentes da sociedade, pois somos nós, contribuintes (cidadãos comuns) que sustentamos seu funcionamento.

Estas pessoas que impediram o debate sobre políticas de drogas na Universidade Federal de Minas Gerais, bem como todas aquelas que as apóiam, estão no fundo expressando que, no seu entender, as leis de uma sociedade não podem ser construídas pelas pessoas que vivem nesta sociedade. É o que pudemos entender, não é? Este ato de repressão quer reafirmar a idéia de que, ao cidadão comum, só cabe a tarefa de obedecer leis, jamais ajudando a construí-las. O que o reitor Ronaldo Tadêu Pena e a vice reitora Heloísa Maria Murgel Starling quiseram dizer aos seus alunos e alunas, é que nesta universidade não está permitindo a existência de sujeitos do conhecimento - somente de meros objetos.

Discutir sobre políticas de drogas é necessário, é urgente, independentemente das opiniões que temos sobre o assunto. Afinal, se dizer contrário (ou favorável) àquilo que chamam por aí de "legalização", sem se permitir argumentar a respeito ou debater sobre o tema, reflete a imaturidade política de um governo (ou de uma reitoria) que entendem a mera pronúncia da palavra "maconha" como um crime concreto. Este ato lamentável demonstra a própria necessidade que temos de falar sobre drogas, este tema sobre o qual todos possuem opinião formada, mas poucos têm a coragem de questionar, refletir, construir alternativas menos produtoras de violência e desigualdade. Se isto ocorreu em uma universidade, também nos demonstra o grau de sujeição destas instituições de ensino superior às estruturas de uma ditadura travestida de democracia. Quem está ganhando com o comércio ilegal de drogas, tal como fossem produtos? Quem está ganhando com tanta desinformação, e com tantos silêncios?

No ano de 2006, em Porto Alegre, conseguimos, com dificuldade, fazer um debate sobre drogas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul contando com a exibição do mesmo filme proposto na atividade na UFMG. A saber, "Grass" não é um filme de propaganda ao uso da droga: é um filme de caráter documental. Em um ritmo que opta de forma brilhante em dialogar com ironia e com sarcasmo diante da própria esquizofrenia dos discursos que sustentam a proibição à maconha, traz uma abordagem histórica da construção de políticas de proibição à planta, nos EUA. Como se não bastasse o argumento, este filme foi distribuído pela editora Abril amplamente em bancas de revista, através da revista Superinteressante.

http://www.youtube.com/watch?v=Att_OYgLDuA
O que se pode ver neste vídeo é um estudante universitário que, diante da presença da PMMG, foi detido, na falta de melhor justificativa, por "desacato à autoridade", quando justificou sua condição de estudante, de cidadão, ao querer conversar sobre drogas num debate que envolvia o filme "Grass".

O rizoma Princípio Ativo estende sua solidariedade aos companheiros de luta de Minas Gerais. Manifestamos nossa indignação a todas as pessoas que incentivaram esta ação, ou que consideram desejável sua estupidez, pois estão, em nome de suas próprias limitações e de suas vontades, impedindo que nossa sociedade saiba como lidar com o fenômeno das drogas de maneira consciente, segura e não-produtora de violência. Nós, pessoas contrárias à guerra às drogas, que por algum motivo queremos procurar as nuances que estão além da mera repressão ou da mera apologia, estamos tentando promover discussões sobre tabus entre pessoas que naturalizam o silêncio, enfrentamos a criminalização do diálogo em uma sociedade que já não se comunica.

Se você não é favorável à repressão do diálogo sobre drogas em nossa sociedade, repasse esta notícia a todos os contatos de sua lista.
publicado por princípio ativo às 11:01
Fonte : http://principio-ativo.blogspot.com
Parabéns, ainda bem que tem gente boa se importando com o flagelo que as drogas insistem em infligir à nossa sociedade!!!

domingo, 27 de abril de 2008

A procura da intoxicação!!!

Mas por quê os intoxicantes são tão procurados? Quais as razões que levam as pessoas a utilizá-los?

A nosso ver podem ser enquadradas em quatro grupos básicos:

1. Para reduzir sentimentos desagradáveis de angústia e depressão. Estes sentimentos seriam :

Gerais, decorrentes da própria condição humana. A angústia do ser humano diante da vida foi muito bem descrita pelos filósofos da corrente existencialista. Para eles o ser humano, sem saber porquê e para que, é jogado no mundo hostil ou indiferente.
Durante sua vida o ser humano é permanentemente ameaçado pelo aniquilamento, confrontado com o absurdo, tendo apenas uma certeza em relação ao seu futuro – a sua inevitável morte, que ocorrerá em data e condições desconhecidas. De acordo com os conceitos existencialistas poderíamos, pois, definir a vida como uma aventura trágica, absurda e ilógica, que sempre termina em morte.

Considerando a situação existencial do homem alguns autores afirmam que não é de se estranhar que ele se angustie e sim que ele se angustie tão pouco.

Específicas, próprias de cada indivíduo – originadas por experiências traumáticas ou condições patológicas. Constituiriam exemplos o uso de drogas por veteranos de guerras ou por pessoas com fobia social ou depressão.

2. Para exaltar sensações corporais e provocar gratificações sensoriais de natureza estética e, especialmente, eróticas. Dizem os usuários de drogas que a música soa melhor, as cores são mais brilhantes e o orgasmo se torna mais intenso, durante o uso de sua droga preferida.
3. Para aumentar rendimentos psicofísicos, reduzindo sensações corporais desagradáveis, como dor, insônia, cansaço ou superando necessidades fisiológicas como o sono e a fome. Durante o império Inca a folha de coca era mascada por mensageiros e carregadores para aumentar sua resistência e velocidade.

É freqüente o uso de anfetaminas por choferes de caminhão que desejam encurtar a duração de suas viagem.
Um exemplo curioso foi o caso de um psicopata, visto por um de nós, internado por intoxicação anfetamínica. Empregado de um traficante de drogas, este rapaz passara a usar os anfetamínicos para permanecer mais tempo acordado e poder vender mais drogas, ganhando assim o reconhecimento de seu chefe.

Dores crônicas e insônia persistente constituem causas bem reconhecidas de abuso de analgésicos e hipnóticos diversos.

4. Como meio de transcender as limitações do corpo e o jugo da espaço-temporalidade, unindo-se à realidade por trás de todos os fenômenos ou, mais limitadamente, a alguma entidade espiritual qualquer, capaz de conferir-lhe, pelo menos temporariamente, poderes especiais.
São bem conhecidos os relatos de uso de cactos e fungos por diversas nações indígenas, em ocasiões especiais, como uma forma de unir-se a seus deuses ou antepassados. Também documentados estão o uso de drogas pelos shamans durante suas atividades curativas e a ingestão de álcool por médiuns possuidos por entidades espirituais nos rituais de cultos afroamericanos. Comumente nestes casos o uso das drogas faz-se somente em situações bem definidas, culturalmente aceitas e reconhecidas, não comprometendo o desempenho social das pessoas. Por outro lado, muitos usuários de drogas, como por exemplo alguns hippies dos anos 60, procuraram em drogas diversas (principalmente alucinógenos) um substituto para experiências religiosas.


Fonte :http://www.cerebromente.org.br/n08/doencas/drugs/abuse02.htm

sábado, 26 de abril de 2008

Por mim mesmo :

Tenho visitado muitos sites de informação sôbre consumo e tratamento quanto ao uso de drogas.
Existem muitas opiniões e processos de recuperação, mas na realidade só posso afirmar e tornar pública a minha experiência.
Todo vício começa com o namoro. É tudo muito gostoso, traz sensações de onipotência e mascara as consequências.
Tem-se a absoluta certeza de que é muito fácil deixar o uso de qualquer substância alteradora da consciência.
Continua-se com o uso, até que esporadicamente. Na realidade, o organismo está se preparando e condicionando para continuar com essas doses de prazer.
Quando se dá conta, é preciso cada vez mais de substânias tóxicas para se alcançar o que vinha acontecendo durante o "namoro".
Taí o vício!!!
Com o vínculo criado, pois a partir dêste momento já estão criadas as amizades relacionadas com o problema e essas companhias, dificilmente deixarão que o dependente se livre.
Não é fácil admitir a impotência perante qualquer que seja a adicção.
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Comecei aos 14 anos por mera curiosidade, com associações de álcool e anfetaminas.
Estudava em um colégio interno e as influências dos colegas, não eram das melhores. Aliás quanto pior éramos, mais aceitos nas rodinhas de colegas.
Tive um acidente no esporte e quebrei um tendão do joelho. Isso me aproximou muito da enfermaria, que tinha tudo que se desejaria para se alterar o organismo.
Passei oito meses com essas facilidades e experimentei vários remédios tóxicos.
Aos dezesseis, já em um colégio normal, muito próximo da "boca do lixo em SP", tive oportunidade de consumir maconha.
Daí, foi um pulinho para se aproximar de drogas pesadas (cocaína, várias anfetaminas, etc).
Aos dezoito anos, já estava completamente com o organismo dependente.
Aos vinte e cinco anos, passei a me injetar, pois já não sentia mais o "tapa".
Foi uma maratona de paradas e voltas e o consumo era cada vez maior.
Estava casado e tinha uma filha muito bonita. Minha vida com minha espôsa, não caminhava muito bem.
Com vinte e nove anos, resolví me separar e passei a conviver com outra môça.
Ela também se viciou e continuávamos a vida aos trancos e barrancos.
Resumindo, usei drogas durante mais de vinte anos. Minha última droga ilícita, foi o crak.
Foram uma série de substituições, que viriam me levar a trocar tudo pelo álcool.
Meu físico já não aguentava mais tanto abuso e fui internado muitas vezes com coma alcoólica.
Fiz também duas internações em clínicas especializadas em dependência química e no momento me encontro com uma preocupação de recuperação, para o resto de minha vida.
Consegui deixar as drogas ilícitas há mais de dez anos, mas me tornei um alcoólatra.
Estou abstênio fazem cinco meses.
Com certeza absoluta, o que me salvou foi todo o apoio que tive de minha família, amigos e os dois tratamentos que foram levados a sério.
Grato também ao meu "anjinho da guarda" que me protegeu durante todos êstes anos.
Êste foi um testemunho bem resumido de minha passagem por êste sub-mundo.
Estou sempre a disposição de qualquer esclarecimento.
Meu e-mail está aí : humbertojunior44@gmail.com e tenho um compromisso de fazer parte da luta de qualquer pessoa para se livrar do vício.
Humberto Duarte Júnior.

Estatísticas sôbre uso de drogas.(todo o Brasil)

O uso na vida de drogas de abuso na população brasileira
Maconha

6,9 %
Solventes e inalantes
5,8 %
Orexígenos (estimulantes do apetite)
4,3 %
Benzodiazepínicos (calmantes)
3,3 %
Cocaína,,
2,3 %
Xaropes com codeína
2,0 %
Estimulantes (anfetaminas)
1,5 %
Opiáceos (remédios para dor derivados da morfina)
1,4 %
Anticolinérgicos
1,1 %
Alucinógenos
0,6 %
Barbitúricos
0,5 %
Crack
0,4 %
Esteróides (anabolizantes)
0,3 %
Merla (pasta de cocaína)
0,2 %
Heroína
0,1 %
Fonte: Cebrid (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas- Universidade Federal de São Paulo)- Levantamento Domiciliar 2001

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Álcool agindo em nossos compatriotas...

ÁLCOOL
Depressor da atividade do Sistema Nervoso Central, o álcool contido nas bebidas, cientificamente conhecido como etanol, é produzido através de fermentação ou destilação de vegetais como a cana-de-açúcar, frutas e grãos.

Alguns exemplos (bebida/porcentagem de álcool):

- Cerveja - 5%
- Cerveja light - 3,5%
- Vinho -12%
- Vinhos fortificados - 20%
- Uísque, Vodka, Pinga - 40%

ABUSO E DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL

A dependência de álcool acomete de 10% a 12% da população. A incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres.

No Brasil: o álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas. De acordo com pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), entre estudantes do 1º e 2º graus de 10 capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade.

(Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria)

Intoxicação Aguda Alcoólica

Intoxicação é o uso nocivo de substâncias em quantidades acima do tolerável para o organismo. Os sinais e sintomas da intoxicação alcoólica caracterizam-se por níveis crescentes de depressão do sistema nervoso central.

Inicialmente, há sintomas de euforia leve, evoluindo para tontura, ataxia e incoordenação motora, passando para confusão, desorientação e atingindo graus variáveis de anestesia, entre eles o estupor e o coma. A intensidade da sintomatologia da intoxicação tem relação direta com a alcoolemia.

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DO ÁLCOOL (SAA)

A cessação da ingestão crônica de álcool ou sua redução pode levar ao aparecimento de um conjunto de sinais e sintomas de desconforto, definidos como Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA), que aparece quando há remoção do álcool.

Quadro Clínico

A maioria dos dependentes (70% a 90%) apresenta uma Síndrome de Abstinência entre leve e moderada, caracterizada por tremores, insônia, agitação e inquietação psicomotora. Ela se dá cerca de 24 a 36 horas após a última dose. Por volta de 5% dos dependentes apresentarão uma síndrome de abstinência grave.

A SAA é autolimitada, com duração média de 7 a 10 dias. O sintoma de abstinência mais comum é o tremor, acompanhado de irritabilidade, náuseas e vômitos. Ele tem intensidade variável e aparece algumas horas após a diminuição ou parada da ingestão, mais observados no período da manhã. Acompanham os tremores a hiperatividade autonômica, desenvolvendo-se taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese, hipotensão ortostática e febre moderada.

Síndrome de Abstinência do Álcool

Aparece nas primeiras 24 horas após a última dose. Instala-se em 90% dos pacientes e apresenta agitação, ansiedade, tremores nas extremidades, alteração do sono, do humor, do relacionamento interpessoal, do apetite, sudorese em surtos, aumento da freqüência cardíaca, pulso e temperatura. Alucinações são raras.

A forma grave da Síndrome de Abstinência caracteriza-se por tremores generalizados, com alucinações auditivas e visuais e desorientação no tempo e no espaço. Em um estágio ainda mais grave chegam ao Delirium Tremens, após 72 horas da última dose.

TRATAMENTO CLÍNICO E MEDICAMENTOSO DA SAA

Está condicionado à gravidade da SAA. As consultas devem ser freqüentes. Tanto o paciente como sua família devem ser orientados sobre a doença e a necessidade de buscarem uma sala de emergência caso haja agravamento clínico.

Quando grave deve ser hospitalar, isso deve-se ao estado confusional do paciente; à presença freqüente de complicações clínicas associadas; à necessidade de exames laboratoriais de controle e de manejo da dose dos medicamentos

Cuidados com a Síndrome Abstinência do Álcool

O que não fazer:

- Hidratar indiscriminadamente.
- Administrar glicose.
- Administrar Clorpromazina ou Fenil-hidantoína.
- Aplicar Diazepam endovenoso, sem recursos para reverter uma possível parada respiratória.

DELIRIUM TREMENS é tratado com benzodiazepínicos orais.

ALUCINOSE ALCOÓLICA é tratada com Haloperidol.

Álcool

Os sintomas que se observam são:

- Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia;

- Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;

- Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;

- Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;

- Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.

Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool pode-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo.

Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.

LEGISLAÇÃO

O álcool já foi considerado ilegal para consumo. Em relação às bebidas alcoólicas, a própria Constituição Federal prevê que a propaganda esteja sujeita a restrições legais e advertências sobre os malefícios decorrentes do seu uso. Porém o abuso de álcool é erroneamente considerado como somente um problema médico.

No Brasil o álcool pode ser vendido e consumido quase em todo lugar e por qualquer um. De relevante, de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas às crianças e aos adolescentes menores de 18 anos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabeleceu também restrições para publicações destinadas ao público adolescente, que não poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições.

O Código de Trânsito Brasileiro (1997) proíbe a todo o condutor de veículo dirigir sob a influência de álcool em nível superior a 0,6g (seis decigramas) por litro de sangue ou de qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.

A infração, neste caso é considerada de natureza gravíssima, sujeitando o infrator às penalidades de multa, de apreensão do veículo e de suspensão do direito de dirigir.
Fonte: Portal Unimeds

Recentemente nossos ilustres deputados, embora dessem liberação de venda em estradas na zona urbana, tiraram o limite de 0,6 decigramas/litro e qualquer quantidade de álcool em motoristas terá uma punição com cassação da carteira de hablitação e multa. Muito bem.

A POLÍCIA FEDERAL CONTINUA AGINDO...

16/04/2008_---__A Polícia Federal deu início nesta quarta-feira à Operação Contato, de combate ao tráfico de drogas. De acordo com a PF, seriam cumpridos 25 mandados de prisão e seis de busca e apreensão, na capital baiana e nas cidades de Manaus (AM), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

PF busca acusados de explorar corais em 11 Estados


A ação tem como objetivo desarticular uma quadrilha que comprava cocaína e maconha em diversos Estados e distribuía as drogas pelas bocas de fumo de Salvador.

Dois dos três líderes da quadrilha, de acordo com informações da PF, estão presos e comandavam as operações de dentro da Penitenciária Lemos de Brito, na capital baiana, com a ajuda de suas mulheres. Até o momento, foram apreendidos mais de 110 quilos de drogas, dos quais 83,65 quilos de maconha e 26,7 quilos de cocaína.

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/04/16/pf_age_contra_trafico_de_drogas_no_norte_e_nordeste_1274956.html

terça-feira, 22 de abril de 2008

ISTO É, ajuda na prevenção e recaida...

Recair não é o fim Segundo o psiquiatra americano Alan Marlatt, em vez de encarar uma recaída como o fim do mundo, o paciente deve enxergá-la como um erro que pode ser reparado. Professor de Psicologia Clínica da Universidade de Washington e diretor do Centro de Pesquisas em Comportamento Aditivo, em Seattle, Marlatt veio ao Brasil para participar do 13º Congresso Brasileiro de Alcoolismo e Outras Dependências, realizado em agosto, no Rio de Janeiro, e lançar a edição brasileira de seu livro Redução de danos (Ed. Artmed), em que defende uma abordagem mais humanista e pragmática em relação ao usuário de drogas.

ISTOÉ - O sr. recomenda ver a recaída como um desafio e não como um fracasso. O que quer dizer com isso?
Alan Marlatt - O que devemos aprender é como não repetir o erro. É preciso identificar e evitar as situações de risco, sentimentos desagradáveis que costumam levar às recaídas: estados emocionais negativos, como raiva, ansiedade, depressão, tédio.

ISTOÉ - É necessário mudar de grupo social para deixar as drogas?
Marlatt - Às vezes sim, porque a pressão social produz cerca de 20% das recaídas. As pessoas sentem vontade só pelo fato de ver as outras pessoas usando uma substância. Mas a maioria não precisa de programas para deixar de usar drogas.

ISTOÉ - É verdade que é tão difícil abandonar o tabaco quanto a heroína?
Marlatt - As taxas de recaída são muito parecidas no caso do tabaco, da heroína e também do álcool. Apenas cerca de 15% das pessoas que tentam conseguem se manter abstêmias após 12 meses. O período mais crítico são os três primeiros meses. Há uma média de cinco tentativas até que se consiga parar, e só um quinto das pessoas consegue deixar o vício na primeira tentativa.

ISTOÉ - Mas isso não funciona para quem é dependente.
Marlatt - Não, quem é dependente não sabe moderar. Precisa de programas de desintoxicação. Mas nem todos estão preparados para isso. É o caso do cantor Kurt Cobain. Ele não quis se tratar e não estava pronto para deixar a heroína. Sua mulher e os amigos tentaram levá-lo a um centro de recuperação em Los Angeles, mas ele voltou a Seattle e se matou. Poderia ter recorrido a um programa de redução de danos, com remédios como a metadona.

ISTOÉ - Como são esses programas?
Marlatt - São procedimentos como usar agulhas descartáveis, no caso de drogas injetáveis, ou usar chicletes ou adesivos com nicotina. A abstinência é o objetivo ideal. A redução de danos é uma abordagem pragmática e humanitária. Já que as pessoas usam drogas, o que fazer para reduzir os riscos à sua vida e à sociedade? Nós enfrentamos uma grande resistência da Casa Branca, que tem uma abordagem moralista do assunto - a tal tolerância zero. O governo americano encara isso como uma posição pró-legalização das drogas, o que é falso.

Autores:

Isto é - Nº 1562 BRUNO WEIS E CLARISSE MEIRELES
MARLATT & GORDON. Prevenção da Recaída. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1993. Tradução do inglês.

Os pais podem ajudar...

Prevenção
O Dr. Robert Du Pont, ex-diretor do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, recomenda 10 Regras para os pais:

Estabelecer um consenso familiar sobre o uso de substâncias: as regras devem ser comunicadas antes da puberdade. As crianças devem saber que seus pais esperam que na adolescência não fumem, não bebam, não usem maconha e outras drogas. Cada família deve estabelecer suas próprias regras, que devem ser repetidas com freqüência.

Estabelecer penalidades pelo não-cumprimento das regras: as punições não precisam ser nem repressivas, nem excessivas e devem ser anunciadas previamente e mantidas de forma consistente. Pode ser útil estabelecê-las com a participação dos filhos, no começo de sua adolescência. Exemplos: perda de privilégios, restrição ao uso do telefone, “proibição de sair de casa”, etc.

Dedicar algum tempo diário para conversar com os filhos a respeito do que está se passando em suas vidas, como se sentem e o que pensam. Deve-se deixá-los falar livremente, não é necessário ter respostas, mas escutá-los atentamente, respeitando suas experiências e sentimentos.

Ajudar os filhos a definirem objetivos pessoais: essas metas podem ser acadêmicas, esportivas e sociais. É importante ensinar os filhos a tolerar seus inevitáveis fracassos, que são oportunidades para crescer e não para desanimar.

Conhecer os amigos dos filhos: conhecer também os pais, encontrar-se com eles e compartilhar conhecimentos.

Ajudar os filhos a sentirem-se bem com suas próprias qualidades e com seus pequenos ou grandes êxitos: isto significa entusiasmar-se pelo que gostam.

Deve haver um sistema estabelecido para a resolução de conflitos: nem sempre os filhos estão de acordo com todos os regulamentos da casa. A melhor maneira de manter a autoridade é estar aberto aos questionamentos dos filhos. Um recurso útil é incluir a consultoria com uma pessoa respeitada por todos (outro membro da família, um médico, um vizinho, etc.).

Falar freqüentemente e muito cedo com os filhos a respeito de seu futuro: os filhos devem saber que o tempo que viverão com seus pais é limitado, pois se tornarão adultos, sairão de casa e, neste momento, deverão pagar suas contas e estabelecer suas regras. Enquanto estiverem na casa dos pais precisarão aceitar sua autoridade.

Deve-se desfrutar dos filhos: uma das maiores felicidades da vida é ter os filhos em casa. Tanto os pais quanto os filhos devem trabalhar para que o lar seja um ambiente positivo para todos. Isso significa trabalho de equipe e respeito mútuo.

Ser um pai/mãe “intrometido/a”: é importante fazer perguntas aos filhos, onde e com quem estão. Esta informação é necessária para que sejam pais efetivos.

Fonte : http://www.adroga.casadia.org/prevencao/

Proposta antiga,(2005) mas funciona???

Tomara funcionassem assim, as propostas de govêrno.
Orientação geral

A efetiva prevenção é fruto do comprometimento, da cooperação e da parceria entre os diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos governamentais, federal, estadual e municipal, fundamentada na filosofia da “Responsabilidade Compartilhada”, com a construção de redes sociais que visem à melhoria das condições de vida e promoção geral da saúde.

A execução desta política, no campo da prevenção deve ser descentralizada nos municípios, com o apoio dos Conselhos Estaduais de políticas públicas sobre drogas e da sociedade civil organizada, adequada às peculiaridades locais e priorizando as comunidades mais vulneráveis, identificadas por um diagnóstico. Para tanto, os municípios devem ser incentivados a instituir, fortalecer e divulgar o seu Conselho Municipal sobre Drogas.

As ações preventivas devem ser pautadas em princípios éticos e pluralidade cultural, orientando-se para a promoção de valores voltados à saúde física e mental, individual e coletiva, ao bem-estar, à integração socioeconômica e a valorização das relações familiares, considerando seus diferentes modelos.

As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano, o incentivo à educação para a vida saudável, acesso aos bens culturais, incluindo a prática de esportes, cultura, lazer, a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento científico, o fomento do protagonismo juvenil, da participação da família, da escola e da sociedade na multiplicação dessas ações.

As mensagens utilizadas em campanhas e programas educacionais e preventivos devem ser claras, atualizadas e fundamentadas cientificamente, considerando as especificidades do público-alvo, as diversidades culturais, a vulnerabilidade, respeitando as diferenças de gênero, raça e etnia.

Diretrizes

Garantir aos pais e/ou responsáveis, representantes de entidades governamentais e não-governamentais, iniciativa privada, educadores, religiosos, líderes estudantis e comunitários, conselheiros estaduais e municipais e outros atores sociais, capacitação continuada sobre prevenção do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, objetivando engajamento no apoio às atividades preventivas com base na filosofia da responsabilidade compartilhada.

Dirigir as ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no indivíduo e seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas, incentivar a diminuição do consumo e diminuir os riscos e danos associados ao seu uso indevido.

Promover, estimular e apoiar a capacitação continuada, o trabalho interdisciplinar e multiprofissional, com a participação de todos os atores sociais envolvidos no processo, possibilitando que esses se tornem multiplicadores, com o objetivo de ampliar, articular e fortalecer as redes sociais, visando ao desenvolvimento

integrado de programas de promoção geral à saúde e de prevenção.

Manter, atualizar e divulgar um sistema de informações de prevenção sobre o uso indevido de drogas, integrado, amplo e interligado ao OBID, acessível a toda a sociedade, que favoreça a formulação e implementação de ações de prevenção, incluindo mapeamento e divulgação de “boas práticas” existentes no Brasil e em outros países.

Incluir processo de avaliação permanente das ações de prevenção realizadas pelos Governos, Federal, Estaduais, Municipais, observando-se as especificidades regionais.

Fundamentar as campanhas e programas de prevenção em pesquisas e levantamentos sobre o uso de drogas e suas conseqüências, de acordo com a população-alvo, respeitadas as características regionais e as peculiaridades dos diversos segmentos populacionais, especialmente nos aspectos de gênero e cultura.

Propor a inclusão, na educação básica e superior, de conteúdos relativos à prevenção do uso indevido de drogas.

Priorizar ações interdisciplinares e contínuas, de caráter preventivo e educativo na elaboração de programas de saúde para o trabalhador e seus familiares, oportunizando a prevenção do uso indevido de drogas no ambiente de trabalho em todos os turnos, visando à melhoria da qualidade de vida, baseadas no

processo da responsabilidade compartilhada, tanto do empregado como do empregador.

Recomendar a criação de mecanismos de incentivo para que empresas e instituições desenvolvam ações de caráter preventivo e educativo sobre drogas.

Texto extraído da Política Nacional sobre Drogas, aprovada pelo Conselho Nacional Antidrogas, em 27/10/2005

Entenda os diferentes profissionais com PSI...

As atuações das três profissões “psis”.


O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria, esta é composta de 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilita o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.

O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseado nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Diário - Humberto Jr.(até 19/04/2008)

Tenho a mais completa certeza de que o que vou começar a relatar, vai ser de muita ajuda para muitas pessoas que têm ou tiveram os mesmos problemas que eu tive :
Resumindo minha vida passada, tive muitos problemas com drogas e durante mais de 20 anos sofri com o vício.
Agora, que já estou livre dêsse estigma, há mais de 10 anos, me sinto na obrigação de retribuir, tentando passar minha experiência a qualquer pessoa que se sentir acuado por "porcarinas".
Começo hoje um diário que é entre os doze passos de minha recuperação, o décimo passo.
Após deixar as drogas, tive muitos problemas com o álcool. Hoje fazem mais de quatro mêses que não bebo nada. Espero com todas as minhas fôrças, continuar sóbrio.
Ainda não sei como consegui me livrar das drogas, talvez substituindo por álcool...
Bom, hoje vou começar o meu décimo passo.
Meu dia começou cedo, pois não consigo dormir mais que quatro horas por noite. Despertei às 03:15 e me ative fazendo meditação e agradecendo ao meu anjinho da guarda, todas as graças que tenho recebido. Sempre penso também em todo o apoio que tenho recebido de minha família e amigos, agradeço sempre por isso também.
Ontem tive um dia normal. Passei o dia dividindo as horas, arrumando o computador de meu irmão e assistindo alguns filmes na tv.
Estou passando ainda pelos sintomas da abstinência demorada (SAD), mas tenho me mantido firme. Não se passa um dia que não brigo com minha vontade de chutar tudo pro alto e beber novamente. Estou sempre precisando de algo para me preencher intimamente. Espero que êste diário seja uma grande ajuda para me manter com vontade de continuar retribuindo a confiança em mim depositada.
Êste foi um breve resumo do dia 16/04/2008.
Continuo amanhã.
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Dia 17/04/2008
Um belíssimo dia.
Acordei como sempre de madrugada e fiz minha meditação e agradecimentos.
Assistí ao noticiário das seis às sete. Ainda se fala muito no caso da menina Isabela que foi atirada do apartamento onde visitava o pai, madrasta e irmãos. Um crime bárbaro.
Mais algumas notícias, inclusive sôbre a crise da dengue, que está matando de verdade...
Depois me levantei, fiz minha higiene, tomei um cafezinho e aguardei meu irmão e Anamélia, para tomarmos um café de verdade na pousada na cidade de São Tomé das Letras.
Fui à lanhouse e abri meu blog para algumas anotações.
Voltei ao sítio de meu irmão e me preparei para passar um dia sozinho, pois meu mano tinha compromissos em Três Corações.
Passar um dia sozinho no sítio, parece moleza, mas não é bem assim: meu irmão gosta de tomar, bem espassadamente algum aperitivo e tem em sua casa algumas bebidas alcoólicas.
Já vou adiantando no meu diário, que não cheguei nem perto de nada disso.
Fiquei na internet, passando a limpo o seu novo computador, o qual fui eu que instalei e configurei. Ficou muito legal.
Demorei várias horas, só parei para fazer um lanche e voltei para o meu posto na frente da telinha.
Quando começou a escurecer é que me dei conta de que o tempo havia corrido sem que notasse.
Já comecei a ficar preocupado com a demora de meu irmão e esposa.
Fui para o meu quarto, tomei um banho e voltei à cozinha para outro lanche.
Fui me preparando para me deitar e assistir algum noticiário e também algum filme.
Às 22:00 desliguei a tv e fui dormir.
Graças ao meu anjinho da guarda (meu poder superior), mais um dia virou sem que tivesse que passar por problemas com consumo de bebidas.
Peço desculpas se não estou fazendo um diário "legal", mas como é a primeira vez que tento, só posso afirmar que é bem sincero.
Amanhã continuo...
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18/04/2008
Bom dia,
Não foi possível editar minha mensagem de diário, hoje, por causa de problemas técnicos no comp.
O dia transcorreu normalmente, com o despertar bem cedo e tradicionais orações e agradecimentos.
Estive ajudando meu irmão a passar arquivos para seu computador novo e por isso, êste aparelho esteve ocupado o tempo todo.
Só paramos para almoçar e continuamos, enfrentado problemas com periféricos, que apesar de novos, apresentaram defeito.
Não conseguimos colocar tudo em seu devido lugar e acho que amanhã continuaremos com a tentativa de deixar tudo em ordem...
Fui dormir cedo e passei mais um dia sem problemas e nem tive tempo de pensar em nada que não fosse informática. Estou exausto.
Boa noite.
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19/04/2008
Bom dia,
Tudo normal e parece que o dia vai se tornar outro de configurações de programas de computador e etc...
Outra vez, só paramos para almoçar e meu irmão novamente se enfiou nos computadores, tentando deixar tudo em ordem para colocar um dos pcs na pousada em STL.
Não pude fazer mais nada, a não ser aguardar e orientar alguns passos pra êle.
Fiquei vendo uns filmes e estudando um pouco de inglês.
Veio a noite e outra vez meu dia foi cumprido satisfatoriamente.
Boa noite.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Drogas ilícitas/efeitos adversos

Resumo
O uso e abuso de drogas ilícitas é um problema significativo e de abrangência mundial. A Organização das Nações Unidas estima que 5% da população mundial entre os 15 e 64 anos fazem uso de drogas pelo menos uma vez por ano (prevalência anual), sendo que metade destes usam regularmente, isto é, pelo menos uma vez por mês. Muitos dos eventos adversos das drogas ilícitas surgem na pele, o que torna fundamental que o dermatologista esteja familiarizado com essas alterações.

Palavras-chave: Drogas ilícitas; Drogas ilícitas/história; Drogas ilícitas/efeitos adversos; Pele; Revisão

HISTÓRICO
Há mais de cinco mil anos na Mesopotâmia, região onde hoje se situa o Iraque, os poderes calmantes, soníferos e anestésicos do ópio (do latim opium, através do grego opion, ‘seiva, suco’) já eram conhecidos pelos sumérios. Obtido a partir das sementes imaturas da Papaver somniferum (papoula ou dormideira), o ópio é a mais antiga droga conhecida e era considerada pelos persas e egípcios como capaz de impedir o choro intenso das crianças e incutir coragem nos soldados. Figuras de sementes de papoula podem ser encontradas em moedas gregas que antecedem, em pelo menos mil anos, a menção dos efeitos do ópio na literatura helênica. Era costume na Grécia antiga acrescentar-se ópio à cicuta administrada para suicídio ou eutanásia visando minorar o sofrimento dos condenados. Provavelmente seja o ópio a droga nephente à qual Homero se referia como “o mais poderoso destruidor de mágoas”.1,2

No século VII, turcos e árabes descobrem os efeitos poderosos obtidos pela inalação da fumaça do ópio e seu potencial comercial. Termina o romantismo e surge um comércio crescente com vendas principalmente à Índia e China. O século XVIII assiste a chegada da droga à Europa, a partir da Inglaterra, e já no século seguinte são isoladas a morfina e a heroína, os dois derivados mais consumidos do ópio.

A morfina foi isolada em 1804 pelo químico alemão Friedrich Wilhelm Adam Sertüner e assim por ele denominada em homenagem a Morfeu, o deus grego dos sonhos. Seu uso, inicialmente restrito, expandiu-se em larga escala a partir do 1853 com o advento da seringa hipodérmica. Dotada de potente efeito anestésico, seu emprego na Guerra Civil americana resultou em um grande número de soldados viciados.3

A heroína foi sintetizada em 1874 pelo químico inglês C.R. Alder Wright a partir da acetilação da morfina. Felix Hoffman, químico chefe da indústria farmacêutica Bayer, da Alemanha, introduziu a heroína como medicamento em 21 de agosto de 1897, menos de duas semanas após ter produzido a aspirina (Figura 1). O nome possivelmente deriva do alemão heroisch (heróico), sensação descrita pelos primeiros voluntários nos estudos experimentais. O fabricante comercializou o produto de 1898 a 1910 como sedativo para a tosse de crianças e como tratamento do vício da morfina, até que se descobriu que a heroína é convertida em morfina no fígado.4,5

Também o uso da cocaína se perde no tempo, como sugere o encontro de folhas de coca (da língua aymara, “a árvore”) nas tumbas de indígenas peruanos datadas de 600 AD. A folha de coca mascada pelos nativos dos altiplanos andinos provavelmente constitui um hábito mais cultural do que propriamente um vício. A sensação de bem-estar e a redução do estado de fadiga obtidas com seu uso facilitariam uma adaptação às grandes altitudes, fato esse prontamente percebido pelo colonizador espanhol que logo determinou a taxação da produção de folhas de coca. Esses recursos foram, durante um tempo, a principal fonte de suporte para a IgrejaCatólica da região.7

Isolada inicialmente em 1855, a cocaína (Figura 2) foi o primeiro anestésico local conhecido, introduzido na Medicina pelo oftalmologista austríaco Carl Koller. Um dos relatos iniciais sobre seus efeitos teve como autor ninguém menos que Sigmund Freud*. Com base na observação que os efeitos da cocaína eram tão opostos aos da morfina, Freud concluiu, erroneamente, que aquela seria um tratamento lógico para os dependentes de morfina.

Uma das bebidas mais populares da Itália no século XIX era o vinho Mariani, elaborado pelo químico Ângelo Mariani em 1863, contendo 6mg de cocaína por onça (29,6ml) e anunciado como tônico e restaurativo (Figura 3). A lista de usuários famosos que endossavam seus efeitos terapêuticos incluía Thomas Edison, Júlio Verne, Alexandre Dumas e o papa Leão XIII, que conferiu a Mariani a Medalha de Ouro do Vaticano. No final desse mesmo século, o laboratório Parke-Davis dos Estados Unidos vendia cocaína em forma de pó, cigarros e até mesmo uma apresentação para uso endovenoso que vinha acompanhada de agulha. Entre outras indicações, alardeava que o produto “substituía a comida, tornava o covarde valente e o tímido eloqüente”. Tentando concorrer com o vinho Mariani, John Styth Pemberton lançou nos Estados Unidos a French Wine Cola. Como o sucesso comercial ficou aquém do esperado, Pemberton retirou o vinho da fórmula e acrescentou uma mistura de cafeína e cocaína. Surgia então a Coca-Cola, o refrigerante mais vendido no mundo, até que em 1906, por força da legislação, seus produtores passaram a empregar folhas de coca descocainizadas. 8

A Organização das Nações Unidas (ONU), no relatório de 2006 elaborado pela divisão de Crimes e Drogas (United Nations Office on Crimes and Drugs), estima que cerca de 200 milhões de pessoas, o equivalente a 5% da população mundial (idade entre 15 e 64 anos), utilizam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano (prevalência anual). Destes, a metade usa drogas regularmente (pelo menos uma vez por mês). O número de viciados ou usuários problemáticos é calculado em 25 milhões, o equivalente a 0,6% da população mundial entre 15 e 64 anos. O panorama mundial em relação ao mercado de drogas (produção e consumo) apresenta variações geográficas. Em termos gerais, a tendência é de estabilidade ou até mesmo de declínio. A notável exceção é a maconha, droga ilícita dominante em todas as regiões do mundo e de consumo crescente.9

COCAÍNA
A cocaína, ou benzoilmetilecgonina, é um alcalóide (substância química que contém nitrogênio, carbono, oxigênio e hidrogênio) obtido das folhas da Erythroxylum coca, planta nativa em países andinos como Peru, Colômbia e Bolívia. Das mais de 200 espécies do gênero Erythroxylum, além da E. Coca, apenas a E. coca var. ipadu, E. novogranatense e E. truxillense produzem quantidades apreciáveis de cocaína, sendo que o conteúdo varia entre 0,5 e 2%.10

Sua obtenção envolve, inicialmente, a prensagem das folhas juntamente com um solvente orgânico. A pasta resultante, com um teor de 80% de cocaína, é então tratada com ácido clorídrico para remoção das impurezas, resultando em um pó branco e cristalino (cloridrato de cocaína), conhecido popularmente por uma vasta sinonímia como brilho, pó, branquinha, neve, Branca de Neve, cheirosa, pó da vida, novidade, etc. Este sal, devido à sua solubilidade em água, pode ser ingerido, inalado pelo nariz (“cheirado”) ou injetado. Por outro lado, por ser vulnerável à pirólise, seu consumo em forma de cigarros produz pouco ou nenhum efeito euforizante.

Na década de 80 uma outra forma de cocaína foi introduzida no mercado a partir da dissolução do cloridrato de cocaína em água e adição de uma base, geralmente bicarbonato de sódio, à solução. Após aquecida, essa solução se cristaliza formando verdadeiras pedras de cocaína conhecidas como crack que, por se vaporizarem a baixas temperaturas, são adequadas para serem fumadas. O nome crack é onomatopéico e refere-se ao som produzido pela ebulição do conteúdo hídrico das pedras quando aquecidas. Por ser insolúvel em água, esta base de cocaína não é adequada para ingestão, inalação pelo nariz ou injeção. O crack propicia uma forte concentração de cocaína a preços relativamente baixos, o que o torna extremamente popular entre usuários de baixa renda. Sua pronta absorção nos alvéolos pulmonares produz uma sensação euforizante quase imediata.

A cocaína é um potente estimulador do sistema nervoso central produzindo uma sensação inicial de euforia, bem-estar, desinibição e aumento da libido. Doses maiores podem levar a tremores, convulsões e, eventualmente, depressão de centros medulares vitais. Seu mecanismo de ação mais conhecido é o bloqueio da recaptura pré-sináptica de neurotransmissores como a dopamina, noradrenalina, acetilcolina e serotonina. Esse bloqueio potencia e prolonga as ações periféricas e centrais dessas catecolaminas, particularmente no centro de prazer do cérebro (sistema límbico).11 Os efeitos anestésicos nos nervos periféricos se dão pela inibição da repolarização da membrana celular, com conseqüente bloqueio da geração e condução de impulsos nervosos. Seus efeitos cardiovasculares são secundários ao aumento dos níveis plasmáticos de catecolaminas levando à hipertensão, taquicardia e arritmias. O risco de infarto agudo do miocárdio aumenta 24 vezes uma hora após o uso de cocaína em pessoas com fatores de risco baixo para esse evento cardíaco e não está relacionado com a quantidade ingerida, via de administração ou freqüência do uso.12 A cocaína é também dotada de potente efeito vasoconstritor.

Os modos de administração da cocaína incluem a inalação nasal - o mais popular - a mastigação das folhas, hábito corriqueiro entre os nativos dos altiplanos andinos, ou uso injetável, responsável pelas alterações dermatológicas mais drásticas e abordadas mais adiante.

Aspirada pelo nariz, seus efeitos vasoconstritores fazem com que o uso prolongado resulte em necrose e perfuração do septo nasal. A cocaína também tem sido associada a casos de porfiria aguda,13 verrugas intranasais,14 esclerodermia,15 púrpura palpável,16 púrpura de Henoch- Schöenlein17 e vasculite de Schurg- Strauss.18 É comum o encontro de escoriações generalizadas secundárias à ilusão parasitária e formicação induzidas pela cocaína.

Hofbauer et al descreveram um quadro de síndrome de Stevens-Johnson recorrente (dois episódios) associado à cocaína. Como nessas duas ocasiões o paciente adquiriu a droga de um fornecedor diferente do seu habitual, e como a síndrome não se repetiu posteriormente mesmo com a continuidade do uso da cocaína, os autores consideraram a possibilidade do quadro cutâneo ter sido desencadeado pelos adulterantes comumente incorporados à cocaína.19 O eritema polimorfo bolhoso também já foi relatado em usuário de cocaína que não apresentava nenhum outro fator que pudesse ser imputado como causa.20

Os fumantes de crack apresentam, com freqüência, lesões puntiformes, hiperceratósicas, enegrecidas, localizadas nas palmas e face ventral dos dedos, mais evidentes na mão dominante (crack hands). Tais lesões são atribuídas às queimaduras pelo cachimbo usado para conter a droga e que tendem a ser repetidas uma vez que a intoxicação cerebral torna o usuário menos perceptível aos traumas térmicos.21 As altas temperaturas atingidas pelos vapores emanados durante o consumo do crack também produzem rarefação dos supercílios (Figura 4). São relatados também quadros agudos de necrose epidérmica segmentar, associada a livedo reticular e acrocianose, possivelmente desencadeada pelo vasoespasmo prolongado.22

HEROÍNA
A heroína (diacetilmorfina) é um derivado da morfina obtido por acetilação, característica essa que lhe proporciona alta lipossolubilidade e rápida penetração na barreira hemato-encefálica produzindo intensa euforia. Uma vez no corpo, a heroína sofre processo de desacetilação e converte-se em morfina. No Reino Unido, encontra-se legalmente disponível como droga prescrita para tratamento analgésico em pacientes terminais, infarto do miocárdio e edema agudo pulmonar. A forma clássica, branca e cristalina, corresponde ao cloridrato de diacetilmorfina. A partir dos anos 80, surgiu no mercado a heroína marrom (black tar heroin), pasta acastanhada e de consistência gomosa, produzida principalmente no Irã e no México, que precisa ser diluída para uso.

Apenas nos Estados Unidos, o número de pessoas que já experimentaram heroína é estimado em mais de 3,5 milhões, sendo que destes mais de 1 milhão se tornaram viciados. Entre os anos de 1995 e 2002, calcula-se em mais de 100 mil o número de iniciantes no vício por ano, com uma grande prevalência entre jovens de 12 a 25 anos.23

Pode ser consumida através da inalação dos vapores que se despreendem quando a droga é aquecida em pedaços de papel alumínio ou misturada ao tabaco de um cigarro convencional e fumada. Essas duas vias de administração são, contudo, pouco eficazes. A via preferencial é a injetável.

Uma inusitada epidemia de lesões pigmentadas na língua, clínica e histologicamente compatíveis com eritema pigmentar fixo, foi descrita na Holanda no início dos anos 80. Todos os pacientes envolvidos tinham em comum o hábito de fumar heroína24 (Figura 5).

USO INJETÁVEL DE DROGAS ILÍCITAS
A via endovenosa é empregada pelos viciados em cocaína e heroína por produzir efeitos mais rápidos e mais intensos. O local preferido são as veias da fossa antecubital do braço não-dominante, não só pelo fácil acesso como também por possibilitar que as marcas sejam ocultadas pelo uso de camisas de manga comprida.25

À medida que os vasos se tornam menos acessíveis, em geral por fenômenos escleróticos, ou nos usuários temerosos dos potentes efeitos obtidos pela via endovenosa, a cocaína e a heroína podem ser injetadas também no subcutâneo, uma técnica conhecida como skin popping, ou ainda no músculo (muscle popping).

O uso injetável dessas drogas é o que resulta nas mais drásticas manifestações cutâneas, agudas ou crônicas. Algumas delas são provocadas pela própria droga, mas a maioria é desencadeada pelos adulterantes. Tanto à cocaína como à heroína são acrescidas substâncias totalmente incompatíveis com o uso injetável, tais como talco, quinino, amido, açúcar e farinha, entre outras, com objetivo de aumentar os lucros dos traficantes.

Manifestações agudas
As manifestações agudas mais comuns compreendem as infecções da pele e dos tecidos moles, principal causa de internação hospitalar entre os usuários de drogas injetáveis. O mecanismo pelo qual as infecções se estabelecem envolve provavelmente o trauma dos tecidos, o efeito da droga e seus adulterantes, a isquemia tissular e a inoculação de bactérias. À medida que as injeções se repetem em um mesmo local, a pele e os tecidos circunjacentes se tornam mais susceptíveis à infecção.26 O patógeno mais encontrado é o S. aureus, isoladamente ou associado a anaeróbios, e estes são predominantemente de origem oral.27 O espectro de manifestações é amplo, tanto em relação ao quadro clínico quanto à gravidade. Varia desde abscessos superficiais e inconseqüentes até casos potencialmente fatais de fasciite necrotizante, 28 passando por celulites extensas e até mesmo a piomiosite, uma rara infecção piogênica e abscedante do músculo esquelético.29

O maior fator de risco para a formação de abscessos da pele e tecidos moles é o uso da via subcutânea (skin popping), que resulta na introdução de substâncias irritativas, e até mesmo bactérias, diretamente nos tecidos. O uso endovenoso, embora implique outros riscos sistêmicos, impediria a concentração local de irritantes e microorganismos. Seguem-se, em ordem de importância, o uso de agulhas não higienizadas e o emprego da mistura cocaína + heroína (speedball).30

A candidíase sistêmica representa a infecção micótica mais comum entre os heroinômanos e pode se manifestar sob forma de endocardite, endoftalmia e osteíte. A foliculite por Candida, praticamente exclusiva desse grupo de pacientes, é morfologicamente semelhante à foliculite bacteriana, porém com algumas características que permitem sua diferenciação: as lesões são dolorosas, a característica mais marcante; acometem preferencialmente couro cabeludo, barba, tronco e região pubiana; as culturas para bactérias são negativas; e as lesões não respondem à antibioticoterapia. A foliculite moniliásica é interpretada como uma localização secundária da candidíase sistêmica, na maioria das vezes transitória. São aventadas como prováveis formas de contaminação a presença da levedura na própria droga, nos limões cujo suco é usado na diluição da heroína marrom, ou mesmo na agulha, já que é hábito corrente entre os viciados umidecêla com saliva antes da aplicação.31-33

O botulismo transcutâneo é uma paralisia flácida, descendente, potencialmente fatal, desencadeada pela neurotoxina produzida pelo Clostridium botulinum que germina nas lesões. Desde 1988 a Califórnia vem vivenciando um aumento dramático nos casos de botulismo transcutâneo, sendo a maioria esmagadora deles em usuários de heroína marrom injetável.34 Da mesma forma, mais da metade dos casos de tétano notificados na Califórnia entre 1988 e 2000 estavam relacionados ao uso de droga injetável.35

Entre 1º de abril e 20 de junho de 2000, 62 casos de doença grave, com pelo menos 30 óbitos, foram relatados em usuários de droga injetável no Reino Unido e República da Irlanda. Todos os pacientes foram admitidos em hospital, ou encontrados mortos, com infecção dos tecidos moles (abscesso, celulite, fasciite ou miosite) no local da injeção, quadro tóxico sistêmico grave ou achado à autópsia de processo tóxico ou infeccioso difuso. A doença estava associada ao uso subcutâneo ou intramuscular de heroína, mas não ao uso endovenoso. Em oito casos isolaram-se espécies de Clostridium (C. novyi e C. perfringens), associados ou não. Algumas características sugerem que esse surto foi decorrente da exposição a um grande lote de heroína contaminada: características clínicas semelhantes, distribuição temporal e geográfica, alta proporção de convívio e uso compartilhado de drogas entre os doentes.36 O surto foi considerado extinto em agosto do mesmo ano, totalizando 104 casos e 35 mortes. Casos semelhantes foram posteriormente descritos no Canadá37 e na Califórnia.38

Escoriações são comuns, embora não se possa precisar se conseqüentes ao prurido induzido pelos narcóticos ou pelos distúrbios psicológicos. Opiáceos podem produzir desgranulação dos mastócitos por mecanismos não-imunológicos e, por essa razão, a urticária é queixa relativamente comum nos usuários de heroína. Calcula-se que cerca de 20% dos pacientes que recebem opiáceos no pósoperatório desenvolvam urticária.39

Manifestações crônicas
As manifestações dermatológicas crônicas são também comuns e algumas delas patognomônicas do uso injetável de drogas ilícitas. As cicatrizes resultantes do hábito prolongado de se injetar o subcutâneo (skin popping) são bastante características: relativamente pequenas (de 0,5 a 3 cm de diâmetro), ovais ou arredondadas, geralmente múltiplas, levemente atróficas e eventualmente hiperpigmentadas, com aspecto em sacabocado e dispostas na face extensora dos antebraços e no dorso das mãos – locais preferidos para essa via de administração – abdome e coxas. Representam, na maioria das vezes, processo cicatricial resultante da resolução de pequenos abscessos, embora possam se instalar na ausência desses (Figura 6).

O trauma repetido e prolongado das veias termina por produzir cicatrizes lineares, escleróticas e muitas vezes hiperpigmentadas. Tais lesões foram descritas pela primeira vez em 1929 e denominadas needle tracks (literalmente, trilhos das agulhas) por se assemelharem a trilhos de ferrovia em seu aspecto retilíneo.** A intensidade das lesões e a rapidez com que se instalam dependem do que se injeta e dos adulterantes e diluentes presentes. O quinino, por exemplo, é o adulterante com o maior potencial esclerosante. A hiperpigmentação é decorrência do processo inflamatório e seu grau depende da cor do indivíduo. Outra possível explicação para esse fenômeno seria a introdução inadvertida da fuligem que se acumula nas agulhas quando essas são esterelizadas em chama.8

A necrose das extremidades é outra conseqüência dramática do uso injetável das drogas ilícitas. Embora possa ocorrer com qualquer droga, é mais comum nos usuários de cocaína que empregam, deliberada ou involuntariamente, a via arterial. O vasoespasmo prolongado e repetido induzido pela cocaína, potente agente vasoconstritor, e os fenômenos oclusivos gerados pela injeção dos adulterantes, que funcionam como verdadeiros êmbolos, seriam os principais fatores envolvidos na etiopatogênese40,41 (Figura 7). Experimentalmente, a injeção subcutânea de cloridrato de cocaína produz paniculite necrotizante e necrose vascular em ratos.42

Os adulterantes, em especial o talco, são capazes de induzir a formação de granulomas nos locais das injeções ou ao longo do trajeto venoso. Nos pacientes que fazem uso injetável de anfetamina, o próprio talco presente nos comprimidos pode ser responsável pela formação dos granulomas cutâneos 43 (Figura 8).

MACONHA E HAXIXE
Os canabinóides são componentes químicos psicoativos presentes em plantas do gênero Cannabis, dos quais o mais potente, dotado de propriedades halucinógenas, é o Δ-9-tetraidrocanabiol, comumente conhecido como THC. Das três espécies existentes (C. sativa, C. indica e C. ruderalis), apenas as duas primeiras produzem altos índices de componentes psicoativos. A C. indica é amplamente encontrada no Oriente Médio e Índia onde é empregada na produção de haxixe.

Trata-se de planta pouco exigente e de fácil manejo, potencialmente cultivada em qualquer região do mundo, até mesmo em ambientes domiciliares. Dela se extraem três principais formas de drogas: a erva (maconha), obtida pela trituração das folhas, caules e flores, com níveis baixos de THC e geralmente consumida em forma de cigarros; a resina (haxixe), obtida fundamentalmente a partir dos pêlos das flores e compactada em blocos, com níveis médios de THC e também consumida em forma de cigarros; e o óleo, com altos níveis de THC, extraído com uso de solventes como acetona ou metanol, adicionado a cigarros convencionais ou de maconha, ou ainda inalado após aquecido.

Embora a origem seja controversa, é possível que a palavra assassino derive do árabe hashshashin, nome com o qual se designava um secto de militantes islâmicos sanguinários e ávidos consumidores de haxixe.

A maconha é, de longe, a droga mais consumida em termos globais. Uma boa parte de sua popularidade entre os jovens se deve à sua aura de droga relativamente inocente, ou droga fraca, de baixo risco e dotada até mesmo de poderes medicinais. Classicamente seus usuários, assim como os consumidores de cigarros convencionais, apresentam maior risco de envelhecimento cutâneo precoce, com acentuada lividez e proeminência das rugas.

Os derivados da Cannabis, porém, apresentam muitos dos carcinogênios encontrados no tabaco e, portanto, seriam capazes de atuar como fator de risco para neoplasias malignas do pulmão, vias aéreas superiores, colon e bexiga, entre outros. Um recente e amplo estudo de revisão sugere que variáveis como freqüência, modo de uso e duração da exposição sejam analisadas em estudos futuros para maior fidedignidade dos resultados.44 Tal rigor se justifica em uma época em que alguns países estudam a disponibilização da maconha como agente terapêutico.

Os componentes da Cannabis são também dotados de potencial aterogênico, como atesta o crescente número de relatos de casos de arterite em usuários da droga.45

ECSTASY
Em 1914, a indústria farmacêutica alemã Merck recebeu a patente da droga 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), originalmente um produto químico intermediário que seria utilizado na síntese de droga hemostática. Legalmente comercializada nos EUA até 1985 e empregada basicamente como adjuvante na psicoterapia, a MDMA, popularmente conhecida como ecstasy ou XTC, logo passou a ser consumida em casas noturnas devido aos seus efeitos euforizantes e desinibidores. Com a proibição de sua fabricação em muitos países, a droga vendida é sintetizada em laboratórios clandestinos e contém um grande número de adulterantes como efedrina, pseudoefedrina, cafeína, aspirina, paracetamol, entre outros.

Classicamente hepatotóxica, o ecstasy pode também ser responsável por quadros graves de depressão, síndrome do pânico e psicoses. As primeiras manifestações dermatológicas descritas em usuários compreendiam uma dermatose acneiforme na face, desprovida de comedos abertos ou fechados, e de instalação súbita. Uma possível explicação patogênica para o quadro cutâneo seria um distúrbio no metabolismo dos esteróides sexuais, secundário à hepatotoxicidade da droga, com conseqüente estímulo das glândulas sebáceas.46

POPPERS
Os nitritos alquilados compreendem um grande grupo de compostos orgânicos. O mais conhecido deles, o nitrito de amila, tem sido usado há anos para tratamento da angina enquanto outros são vendidos como componentes de desodorantes de ambiente ou para uso recreacional.

Os nitritos, popularmente conhecidos como poppers, (Figura 9) promovem o relaxamento muscular, incluindo os esfíncteres vaginal e anal. A vasodilatação que se segue ao relaxamento muscular, fundamento para seu emprego na angina, é também considerada como prolongadora da ereção e do orgasmo, características que tornaram a droga extremamente popular em experiências sexuais, sobretudo entre os homossexuais.

Por serem altamente voláteis, os nitritos podem ser inalados diretamente dos frascos em que são comercializados. Os efeitos imediatos incluem taquicardia, rubor facial e leve cefaléia. Os nitritos podem atuar na pele como desencadeadores de dermatite de contato. A partir do relato inicial de Fisher et al47 em 1981, outros trabalhos se seguiram evidenciando a capacidade de sensibilização imediata (urticária de contato) e tardia desses compostos48 (Figura 10).


Fonte : http://www.anaisdedermatologia.org.br/artigo.php?artigo_id=2040

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Grato a nossa Polícia Federal

PF age contra tráfico de drogas em seis Estados
Agencia Estado
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje a Operação Muralha, com o objetivo de desbaratar uma quadrilha de tráfico de drogas. De acordo com a PF, serão cumpridos 37 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em seis Estados brasileiros. A operação está sendo realizada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Paraná e Santa Catarina.
Fonte : Ag. Estado

Prevenção ao uso de drogas

Prevenção


Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas.
Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê-lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom.
Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer.
Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio.

Caminhos disponíveis

1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos.

2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa.

3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas?

4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.

5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.

6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada.

7. Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.

8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas.

9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.

10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)

Tipos de drogas

Tipos



Barbitúricos
Ansiolíticos
Inalantes
Lança-Perfume
Xaropes
Cogumelos
Cocaína
Maconha
Heroína
Ayahuasca Merla
Anfetaminas
LSD e Ecstasy
Crack
Ópio
Álcool
Fumo
Cafeína
Anabolizantes
Skank

Resumo dos principais tipos de drogas -
O poder de cada droga
Características de cada substância, nos Estados Unidos, em 2001

Substâncias
Acessibilidade
Poder de vício
** Letalidade Precocidade***
Nicotina Grande 80 Alta 15,5
Heroína Pequena 35 Média 19,5
Cocaína Média 22 Alta 21,9
Sedativos* Média 13 Média 19,5
Estimulantes* Média 12 Alta 19,3
Maconha Média 11 Baixa 18,4
Alucinógenos Grande 9 Baixa 18,6
Analgésicos* Média 7 Média 21,6
Álcool Grande 6 Média 17,4
Tranqüilizantes* Média 5 Média 21,2
Inalantes Grande 3 Média 17,3


Fonte: Pesquisa Doméstica Nacional sobre Uso de Drogas 2001, do Departamento de Saúde dos Estados Unidos - Revista Super Interessante

Narcotráfico

O traficante

É o tipo mais perigoso que existe, entre os indivíduos ligados às drogas. Através de sua atuação, o vício difunde-se, deteriorando o organismo e despersonalizando a pessoa.
Tanto o plantio, como a importação, exportação e comércio das substâncias tóxicas, nada mais são facetas do tráfico de entorpecentes.
O ponto básico de toda a degradação moral e social dos toxicômanos, nada mais é do que o próprio traficante.
Enriquecem à custa das vicissitudes alheias, exploram a miséria e vivem sobre a degradação moral daqueles que imploram a manutenção do vício. Vão ao ponto de não permitir uma recuperação de quem quer que seja, indo da perseguição até às últimas consequências.
Seu campo de ação vai desde os portões de colégios, às praças públicas, portas de prisões, etc., sempre à espreita de uma nova vítima.
O traficante é um indivíduo frio, calculista, inteligente, ardiloso e insinuante, capaz de perceber o ambiente propício para sua investida e a predisposição psíquica de sua nova vítima.
Chega, às vezes, introduzir a droga sem fazer referência a ela, simplesmente ministrando-a como tratamento para um mal-estar da vítima, provocando, de conformidade com a natureza do entorpecente, o inicío de uma dependência física e/ou psíquica.
Encontrar um traficante, é uma tarefa árdua. Conseguem um perfeito sistema de proteção, com um serviço de informação, que faz inveja a própria polícia, na maioria das vezes com a participação de menores.
O traficante dificilmente entregará a "muamba" diretamente ao dependente. Sempre age indiretamente, daí a dificuldade do flagrante e da prisão.
Geralmente o traficante deixa a droga em local pré-estabelecido, que tanto pode ser uma carrocinha de sorvete, refrigerante, ou doce, como pode ser uma reentrância em um muro de edifício, ou simplesmente um ponto determinado nas areias de uma praia.
Exterminado o traficante, estaremos nos aproximando do ponto final de uma longa e irreparável escala de tóxicos.

O Dependente- Traficante

O traficante dependente age como elemento induzidor e desinibidor perante os novatos. Uma vez efetuada a demonstração do uso (quer fumando, quer ingerindo ), exercita a sua atividade de traficar, vendendo o tóxico aos precipiantes.
Não é comum um traficante descer a dependente, ou seja, passar do comércio ao simples uso, pois a dependência, para os negociantes, é uma fraqueza suscetível de exploração.
É evidente que se um traficante dependente é preso, seu comportamento é totalmente diferente do de um dependente, pois além da atividade de fornecimento, precisa suprir-se também da droga.
Entre os traficantes, de um modo geral, incluindo o traficante dependente, existe como que um código de honra, onde fica proibida, sob pena de execução sumária, a revelação dos outros traficantes.

As Drogas e o Crime

As drogas estão ligadas ao crime em pelo menos quatro maneiras:

1. A posse não-autorizada e o tráfico de drogas são considerados crimes em quase todos os países do mundo. Só nos Estados Unidos, a polícia prende por ano cerca de um milhão de pessoas por envolvimento com drogas. Em alguns países, o sistema judicial está tão lotado de processos criminais ligados às drogas que a polícia e os tribunais simplesmente não conseguem dar vazão.
2. Visto que as drogas são muito caras, muitos usuários recorrem ao crime para financiar o vício. O viciado em cocaína, por exemplo, talvez precise de uns mil dólares semanais para sustentar o vício. Não é para menos que os arrombamentos, os assaltos e a prostituição floresçam quando as drogas fincam raízes numa comunidade.
3. Outros crimes são cometidos para facilitar o narcotráfico, um dos mais lucrativos negócios do mundo. O comércio ilícito das drogas e o crime organizado são mais ou menos interdependentes. Para garantir o fluxo fácil das drogas, os traficantes tentam corromper ou intimidar as autoridades. Alguns têm até mesmo um exército particular. Os enormes lucros dos barões da droga também criam problemas. Sua fabulosa receita poderia facilmente incriminá-los se esse dinheiro não fosse "lavado". Assim, bancos e advogados são usados para despistar a movimentação do dinheiro das drogas.
4. Os efeitos da própria droga podem levar a atividades criminosas. Familiares talvez sofram abusos por parte de usuários de drogas crônicos. Em alguns países africanos afligidos pela guerra civil, crimes horríveis têm sido cometidos por soldados adolescentes drogados.

Como e por onde a cocaína entra no Brasil?*

Uma das mais escancaradas portas de entrada de cocaína no Brasil é o município de Tabatinga (AM), fronteira terrestre com a cidade colombiana de Leticia, onde há um radar instalado, mantido e protegido por fuzileiros navais norte-americanos. Tabatinga fica numa das margens do rio Solimões. Na outra, está o Peru. Essa área é chamada de Alto Solimões.
Do Pará, no norte do país, ao Paraná, no sul, uma extensa faixa fronteiriça brasileira é território livre para o ingresso de abundantes carregamentos de droga.
A tendência é, quanto mais acima (Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia) entra a cocaína, maior a chance de o seu destino ser o exterior. Se a porta for Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, haverá mais possibilidades de a escala final ser o mercado nacional. Isso é tendência, não a regra.
Relatório da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal com o balanço de 1999 relaciona os veículos nos quais as drogas (fundamentalmente cocaína) provenientes do exterior foram apreendidas pelas autoridades brasileiras: aviões (70%), caminhões (15%), carros (10%) e ônibus (5%). Há transporte fluvial, pelos rios amazônicos, e marítimo, mas a polícia evita flagrar os traficantes na embarcação - deixa a droga seguir, para conhecer as conexões. Aí, então, intervém.
Uma das facilidades com que os traficantes brasileiros contam é a abundância de pistas de aviões cuja existência é omitida às autoridades aeronáuticas. No Pará, herança dos garimpos de ouro, há 3 mil anos. No estado de São Paulo, levantamento da Secretaria de Segurança contabilizou 366 "aeroportos clandestinos" em 166 cidades.
O espaço para pouso e decolagem de aeronaves carregadas de drogas, a rigor, não é necessário. As de pequeno e médio porte sobrevoam fazendas a baixa altitude e jogam os pacotes. É o padrão no interior de São Paulo.

Como e por onde a cocaína sai do Brasil?*

A cocaína segue para o exterior por via marítima e aérea. Os principais portos de saída são os de Santos e do Rio. Quantidade volumosa é embarcada, em alto-mar, em barcos que partem da região Norte, principalmente de Belém.
A mercadoria é levada às embarcações em aviões, que a jogam no oceano, de onde é recolhida. O Deprtamento de Estado dos EUA aponta os aeroportos de Guarulhos (SP), Antônio Carlos Jobim Galeão (RJ) e Porto Alegre (RS) como os mais usados para a saída de cocaína.
Nas operações robustas, a cocaína é acondicionada em contêineres, como fumo, frangos, soja, arroz, eletrônicos - tudo o que servir ao disfarce elaborado pelos traficantes.
O tráfico com "mulas", pessoas que levam consigo a mercadoria, responde pela saída de menos droga, mas envolve muita gente. A sofisticação dos truques é tamanha que roupassão engomadas com cocaína, que depois sai na lavagem. Método semelhante é usado com cabelo, pintado com loção impregnada com a droga.
O repertório é vasto. Usam-se latas, pranchas de surfe, pacotes amarrados no corpo. Até um padre com 11,5 quilos de pó sob a batina já foi flagrado. No Brasil, agem "mulas" de dezenas de nacionalidades.
Uma das variantes desse tipo de trabalho implica arriscar a vida, para receber de US$ 3 mil a US$ 5 mil por viagem: a droga viaja dentro de cápsulas ingeridas pelo passageiro. Se uma cápsula se rompe, o transportador pode morrer.
* "Texto extraído do livro Folha Explica O Narcotráfico, de autoria de Mário Magalhães. Publifolha ( www.publifolha.com.br ), 2000."

Quem é quem no tráfico

- Soldado: é o traficante que anda armado dentro da favela e protege as bocas-de-fumo. Ele mora no morro
- Boca-de-fumo: é o local dentro do morro ou da favela onde os traficantes passam a droga para os distribuidores
- Vapor: é o morador do morro que vende a droga na boca-de-fumo. Ele também faz entregas na estica
- Estica: é um posto avançado das bocas-de-fumo da favela no asfalto. Os moradores das redondezas ficam na estica e revendem a droga vinda do morro
- Formiguinha: é o microtraficante que compra pequenas quantidades e revende aos amigos nos bares, academias e escolas. Com o pequeno lucro, custeia o próprio vício
- Disque-drogas: o serviço é bancado pelo traficante autônomo, que compra nos morros boas quantidades, com maior grau de pureza. Ele entrega o produto por meio de motoboys e entregadores de pizza
- Quiosques: além de água-de-coco e refrigerantes, vendem entorpecentes e servem de ponto de contato entre os consumidores e os formiguinhas
- Fume-táxi: motoristas de táxi de fachada utilizam os carros para entregar drogas em pontos chiques da cidade



Fonte :Site Antidrogas

Gírias mais comuns entre usuários

queimar um - fumar
mocosar - esconder
caretaço - livre de qualquer efeito da maconha
sussu - sossego
rolê - volta
pifão - bebedeira
rolar - preparar um cigarro
cabeça feita - fuma antes de ir a um lugar
chapado - sob o efeito da maconha
bad trip - viagem ruim, com sofrimentos
nóia - preocupação
marofa - fumaça da maconha
tapas - tragadas
palas - sinais característicos das drogas
larica - fome química
matar a lara - matar a fome química
maricas - cachimbos artesanais
pontas - parte final da maconha não fumada
cemitério de pontas - caixinha ou recipientes plásticos usados para guardar as pontas
pilador - socador para pressionar a maconha já enrolada dentro da seda
dichavar o fumo - soltar a maconha compactada em tijolos ou seus pedaços e separar as partes que lhe dão gosto ruim
sujeira - situação perigosa
dançou - usuário que foi flagrado fumando
mocós - esconderijos de droga
"pipou uma vez, está fisgado"
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba, 6ª edição, Editora Gente)

Fique livre das drogas(dependência e abstinência)

Síndrome de Dependência
É um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo, do que outros comportamentos que antes tinham mais valor.Uma característica central da síndrome da dependência é o desejo (frequentemente forte e algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas as quais podem ou não terem sido prescritas por médicos.
Codependência
Codependência é uma doença emocional que foi "diagnosticada" nos Estados Unidos por volta das décadas de 70 e 80, em uma clínica para dependentes químicos, através do atendimento a seus familiares. Porém, com os avanços dos estudos das causas e dos sintomas, que são vários, chegou-se à conclusão de que esta doença atinge não apenas os familiares dos dependentes químicos, mas um grande número de pessoas, cujos comportamentos e reações perante a vida são um meio de sobrevivência.Os codependentes são aqueles que vivem em função do(s) outro(os), fazendo destes a razão de sua felicidade e bem estar. São pessoas que têm baixa auto-estima e intenso sentimento de culpa. Vivem tentando "ajudar" outras pessoas, esquecendo, na maior parte do tempo, de viver a própria vida, entre outras atitudes de auto-anulação. O que vai caracterizar o doente é o grau de negligenciamento de sua própria vida em função do outro e de comportamentos insanos.A codependência também pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, assassinato, câncer e outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo codependência, muitas vezes ela é o agente desencadeante de doenças muito sérias. Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança é tomar consciência e aceitar o problema.
Abstinência Narcótica
Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma sequência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica.As primeiras 4 horas de abstinência- Ansiedade, comportamento de procura da drogaAs primeiras 8 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geralAs primeiras 12 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 18-24 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal
As primeiras 24-36 horas de abstinência- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base
Síndrome de abstinência no recém-nascidoCostuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características:- Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido(Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record)